terça-feira, 2 de agosto de 2011

IPOL em debate televisivo sobre as fronteiras

A emissora televisiva TVT convidou Rosângela Morello - diretora do Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Política Lingüística (IPOL) – para participar de um debate sobre a questão fronteiriça. O programa será exibido esta quinta-feira, 4 de agosto, para as regiões de Mogi de Cruzes, São Paulo capital e o ABCD paulista. O site da emissora também transmitirá o programa


Depois do I Seminário de Gestão em Educação Linguística da Fronteira do MERCOSUL (I GELF), o espaço entre fronteiras ganhou novo tônus diante do prolongado debate entre especialistas das mais diversas conjunturas geopolíticas. As colocações dos estudiosos latino-americanos, europeus e norte-americanos lançaram nova luz sobre a gestão da borda geográfica brasileira, especialmente no que diz respeito à educação e a gestão pedagógica do plurilínguismo, elemento extrememente recorrente na extensa fronteira de um Brasil de mais de 215 línguas.

O programa Melhor e Mais Justo da emissora TVT propôs, dentro deste quadro estrutural latino-americano, um encontro entre quatro especialistas ligados à questão da fronteira, justo no sentido de clarificar o debate.

Dentre os convidados, Filipe Giuseppe Dal Bo Ribeiro- Geógrafo, professor de Ciências Políticas e Relações Internacionais da FESP SP (Fundação Escola de Sociologia e Política); Gustavo Coelho de Souza - coordenador da pós-graduação de Geografia da PUC/SP, Sérgio Duarte de Castro, Secretário de Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração Nacional e Rosângela Morello, atual diretora do IPOL.

Estando marcado para os 16h, o programa configura-se como mais uma oportunidade de ampliar as discussões e trazer medidas efetivas na articulação de uma nova política pública de fronteiras e de blocos econômicos. O IPOL, instituto envolvido desde sua criação, em 1999, com a educação e o trânsito das línguas nas bordas geográficas, vê-se representado nesta nova mentalidade de relações geopolíticas entre os povos.

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A TVT é uma emissora que foi inaugurada em agosto de 2010, afiliada daTV Brasil - Rede Pública Nacional. Com sede no município de São Bernardo do Campo - SP, é transmitida pelo canal 46 em Mogi das Cruzes – local, e retransmitida pelo canal 48 (NGT) em São Paulo capital e Grande ABCD, nas cidades de São Bernardo do Campo, Diadema, São Caetano e Santo André, além de outras emissoras comunitárias do estado de São Paulo. A emissora é mantida pela Fundação Sociedade Comunicação, Cultura e Trabalho, e tem por objetivo principal a cobertura da cidadania e do mundo do trabalho, com especial destaque à região da Grande São Paulo. Ela pode ser acessada por meio de seu portal: www.tvt.org.br, que transmite toda a programação ao vivo e sob demanda.

domingo, 24 de julho de 2011

I Seminário GELF: um diálogo valioso sobre as línguas de fronteira

O I Seminário de Gestão em Educação Lingüística de fronteira no MERCOSUL encerrou seus três dias de trabalho experimentando um diálogo valioso sobre a língua e sobre as fronteiras no contexto da educação. A troca de experiências apontou para problemas e soluções comuns de realidades distintas, tudo ancorado na perspectiva da borda geográfica. Tendo recebido palestrantes de seis diferentes países, o I GELF colocou em contatos especialistas e profissionais das mais distintas situações sociolingüísticas. Os contextos latino-americanos fundiram-se as muitas realidades fronteiriças sob a condição permanente de diálogo. A temática da gestão das línguas coabitou com exemplos práticos, narrados detalhadamente por todos os participantes




Para Gilvan Müller, diretor executivo do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), tem havido um aumento exponencial da importância política e econômica das línguas. Para tanto, faz-se eminente o desenvolvimento de políticas lingüísticas conforme a pluralidade cultural do MERCOSUL, assentado sobre centenas de idiomas ameríndios e de imigração.

Rosangela Morello, diretora do IPOL – Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Política Linguística -, defende as fronteiras como áreas habitadas linguisticamente, culturalmente, embora muitas vezes as bordas sejam associadas à idéia de cisão, prática muito estimulada durante as ditaduras latinas americanas.

Só para se ter uma idéia, no Brasil – em São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas – mais de 20 línguas indígenas convivem sob o prisma de uma fronteira extremamente multicultural. A gestão do ensino em regiões como essas – embora necessitem de muita atenção – estimulam contextos riquíssimos de troca.

O I GELF propôs, nesse sentido, um canal permanente de diálogo. Tanto os profissionais quanto os especialistas tiveram a oportunidade de trocar contatos, compartilhar pesquisas e experiências pessoais e perceber nos casos uns dos outros semelhanças e diferenças fundamentais para entender o próprio contexto. Com este novo canal de comunicação aberto, a política de fronteiras pode ser discutida entre atores sociais de conjunturas totalmente distintas.

Gestores de educação

O exemplo de Eliane Araujo Fernandes - coordenadora da Escola Estadual João Brembatti Calvoso, na fronteira Brasil-Paraguai - é bastante ilustrativo. A gestora de educação de Ponta Porã, Mato Grosso do Sul, está imersa num sofisticado contexto trilingue (português-castelhano-guarani). Como mesmo narra, depois que começou a envolver-se com a educação nas fronteiras, passou a articular melhor o entendimento dos processos de ensino. Hoje, motivada pela intensa vontade de superação, Eliane ajuda a manejar 10 turmas de alunos plurilíngues e toda uma estrutura pedagógica. A prática prevê a troca de professores fronteiriços, ou seja, todas as semanas os alunos da escola Escola Estadual João Brembatti recebem aulas em castelhano. O lado paraguaio beneficia-se do mesmo intercâmbio, recebendo semanalmente um professor de língua portuguesa.

Entretanto, o trabalho de ensino multilíngue encontra sérias adversidades. Por exemplo, preconiza-se que um aluno deve aprender outra língua pela via do idioma materno. Isso acaba por demandar gestões sofisticadas e muitas vezes onerosas, principalmente porque em zonas de fronteira podem conviver com conjunturas completamente distintas. Além disso, o processo de obtenção de uma segunda língua é bastante diferenciado do processo de obtenção da primeira, demandando toda uma estruturação pedagógica, o que acaba imprimindo a necessidade de professores aptos para lidar com ensino de quadros sofisticados como esses.

Manuel Tost, docente da Universidade autônoma de Barcelona, diz ter ficado impressionado com a paixão com que os gestores latino-americanos falam de educação, da forma com que tencionam aperfeiçoar os sistemas educativos das regiões nas quais estão inseridos. O professor ainda adianta que tanto União Europeia quanto MERCOSUL podem trocar várias experiências comuns, ainda que articulem-se sobre dinâmicas bem diferenciadas.

O Seminário foi realizado através de uma iniciativa do IPOL – Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Política Lingüística, do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP) e da União Latina (UL). A UNIOESTE apoiou o evento através da concessão da estrutura física para evento. O I GELF ocorreu entre os dias 20 e 22 de julho.

Dentre os convidados estiveram, Dolores Álvares, Diretora de Promoção e Ensino de Línguas da União Latina (UL); Lino Trinidad Sanabria, professor da Universidade Nacional de Assunção (UNA), Paraguai; Gabriela Clara Casal, representante do Departamento de Segundas Lenguas y Lenguas Extrangeras do CEIP (Consejo de Educación Inicial y Primaria), Uruguai; Andreas Villalva, assessor pedagógico da escola bilíngue número 2 de Puerto Iguazu, em Missiones, Argentina; Gilvan Müller de Oliveira, diretor do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP) e professor da Universidade Federal de Santa Catarina; John M. Lipski, professor de línguas hispânicas da Universidade Estadual da Pennsylvania, EUA; Manuel Tost, professor da Universidade Autônoma de Barcelona, na Espanha, Rainer Enrique Hamel, representante da Universidad Autónoma Metropolitana, Unidad Iztapalapa, México e Rosangela Morello, atual diretora do IPOL.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Diretora do IPOL concede entrevista a Radio CBN de Foz

Às vésperas da abertura do I Seminário de Gestão em Educação Lingüística no MERCOSUL (GELF), Rosângela Morello – atual diretora do Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Política Linguística - abordou temas ligados a importância da integração das fronteiras na atual conjuntura latino-americana, plurilinguismo, interculturalidade e diversidade linguística brasileira

Num país que convive com uma diversidade equivalente a mais de 210 línguas faladas em todo território nacional, faz-se eminente pensar nas políticas direcionadas às línguas e nos espaços de fronteira. Essa é uma das motivações que levou a organização do curso que vai reunir gestores de educação, cultura, membros de ministérios e escolas de fronteira.

Segundo Rosângela Morello, uma das intenções do GELF consiste em discutir políticas linguísticas conformes às zonas de intercessão entre os países: “qualquer programa que se destine a fronteira também precisa do reconhecimento do que é a fronteira, principalmente para além do limite de defesa, administrativo e geográfico. As fronteiras são habitadas simbolicamente, habitadas linguisticamente”, considerou a pesquisadora.

No último dia do curso serão realizadas propostas de encaminhamento estratégico, uma vez que os participantes - em sua grande maioria - são gestores institucionais. “Queremos acordar estratégias para o que for discutido nesse primeiro seminário para que isso possa ter desdobramentos efetivos dentro das instituições, nas cidades fronteiriças e nas escolas”, finalizou.

O I Seminário de Gestão em Educação Lingüística no MERCOSUL (GELF) é uma iniciativa idealizada pelo IPOL, Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Política Linguística; pelo Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), com sede em Cabo Verde, África e pela União Latina, sediada em París. Marcado para acontecer entre os dias 20 e 22 de julho, o GELF optou por ser realizado em Foz do Iguaçu, na tríplice fronteira. A Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) será o espaço que reunirá especialistas de seis países diferentes para ministrar palestras a partir de experiências amplamente diversas, contribuindo, desta forma, para uma discussão coerente das questões que se interpõem à gestão da educação linguística das fronteiras.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Programa do I Seminário GELF

Campus Foz do Iguaçu da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), local que sediará o evento


20 DE JULHO, QUARA-FEIRA

08h | Abertura

08:30 - 12:30 | As Fronteiras do MERCOSUL e a sua dinâmica sócio-linguística

Professor Gilvan Müller
(Instituto Internacional da Língua Portuguesa - IILP)
14:00 - 18:00 | Bilinguismo e Interculturalidade: aspectos teóricos e realidades Latino-Americanas

Professor Hainer Enrique Hamel
Universidad Autónoma Metropolitana - Unidad Iztapalapa - México

21 DE JULHO, QUINTA-FEIRA

08:30 - 12:30 | As práticas do ensino bilíngue: Guarani/espanhol e espanhol/português

Profª. Lilian Pritz Nilsson
Ministério de Cultura e Educacíon de Misiones - Argentina

Prof. John Lipski
The Pennsylvania State University

Gabriela Clara Casal
Departamento de Segundas Lenguas e Lenguas Extrangeiras do CEIO - Consejo de Educacíon Inicial y Primaria -
Uruguay

Prof. Lino Trindad Sanabria
Universidad Nacional de Asuncíon - Paraguay
14:00 - 18:00 | Intercompreensão Românica e sua potência para o MERCOSUL

Profª Dolores Alvarez
Direção da promoção e ensino das línguas - União Latina

Manuel Tost
Universidad Autónoma de Barcelona - Espanha

22 DE JULHO, SEXTA FEIRA

8:30 - 12:30 | A educação na fronteira e as Escolas Interculturais Bilíngues: modelo, funcionamento e potencialidade no quadro do SEM

Profª Rosângela Morello
Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Política Linguística - IPOL e Universidade de Sul de Santa Catarina - UNISUL
14h - 17h | Mesa redonda

I) Elementos para uma Gestão do Plurilinguismo de Fronteira
Profª. Dolores Alvarez, Prof. Gilvan Muller de Oliveira e Profa. Rosângela Morello
II) Síntese com análise estratégica pelos participantes

17h | Encerramento


ORGANIZAÇÃO:



APOIO:


quinta-feira, 30 de junho de 2011

II Circular - Inscrições prorrogadas

Foram prorrogadas, até o dia 10 de julho, as inscrições para o I Seminário de Gestão em Educação Linguística de Fronteira no MERCOSUL que será realizado entre os dias 20 e 22 de julho de 2011 na UNIOESTE, Campus de Foz do Iguaçu (PR) - Brasil.

1) Para se inscrever, neste momento, bastará enviar a ficha de inscrição devidamente preenchida até a data limite;
2) A Declaração da Instituição foi solicitada como complementar à inscrição pelo fato de favorecer os encaminhamentos institucionais. Ela pode, por isso, ser apresentada no primeiro dia do curso. Aos que porventura forem selecionados mas não obtiverem essa declaração, bastará apresentar um breve resumo de sua trajetória profissional assinado por próprio punho.

A ficha de inscrição pode ser acessada através da II Circular do evento nos links a seguir:

VERSÃO EM PORTUGUÊS

VERSION EN ESPAÑOL


terça-feira, 31 de maio de 2011

Circular I - Inscrições Abertas

Estão abertas, até o dia 30 de junho, as inscrições para o I Seminário de Gestão em Educação Linguística de Fronteira no MERCOSUL que será realizado entre os dias 20 e 22 de julho de 2011 na UNIOESTE, Campus de Foz do Iguaçu (PR) - Brasil. Promovido pelo Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), União Latina (UL) e Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Política Linguística (IPOL), o Seminário objetiva oferecer formação na área de gestão em educação linguística de fronteira para responsáveis pela educação dos países signatários do MERCOSUL. Ao todo são oferecidas quarenta vagas e a participação no evento é gratuita. O público alvo do Seminário são professores, diretores de escolas de fronteira, gestores da educação em Secretarias Municipais e Estaduais, em Ministérios e em Institutos gestores como INEP, SAEB - Sistema de Avaliação da Educação Básica, Prova Brasil, IDEB, Cadastro Nacional de Docentes e Cadastro de Instituições e Cursos, e demais órgãos responsáveis pela educação e cultura nos países participantes. Para se inscrever, é necessário enviar, além da ficha de inscrição, uma declaração da instituição onde atua indicando o participante como seu representante no Seminário.

Acesse a  Circular I (em português / en español) em para obter mais informações do Evento e também a  Ficha de Inscrição.