
Num país que convive com uma diversidade equivalente a mais de 210 línguas faladas em todo território nacional, faz-se eminente pensar nas políticas direcionadas às línguas e nos espaços de fronteira. Essa é uma das motivações que levou a organização do curso que vai reunir gestores de educação, cultura, membros de ministérios e escolas de fronteira.
Segundo Rosângela Morello, uma das intenções do GELF consiste em discutir políticas linguísticas conformes às zonas de intercessão entre os países: “qualquer programa que se destine a fronteira também precisa do reconhecimento do que é a fronteira, principalmente para além do limite de defesa, administrativo e geográfico. As fronteiras são habitadas simbolicamente, habitadas linguisticamente”, considerou a pesquisadora.
No último dia do curso serão realizadas propostas de encaminhamento estratégico, uma vez que os participantes - em sua grande maioria - são gestores institucionais. “Queremos acordar estratégias para o que for discutido nesse primeiro seminário para que isso possa ter desdobramentos efetivos dentro das instituições, nas cidades fronteiriças e nas escolas”, finalizou.
O I Seminário de Gestão em Educação Lingüística no MERCOSUL (GELF) é uma iniciativa idealizada pelo IPOL, Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Política Linguística; pelo Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), com sede em Cabo Verde, África e pela União Latina, sediada em París. Marcado para acontecer entre os dias 20 e 22 de julho, o GELF optou por ser realizado em Foz do Iguaçu, na tríplice fronteira. A Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) será o espaço que reunirá especialistas de seis países diferentes para ministrar palestras a partir de experiências amplamente diversas, contribuindo, desta forma, para uma discussão coerente das questões que se interpõem à gestão da educação linguística das fronteiras.
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